Este livro faz reflexões em torno de uma categoria profissional e dos desafios de sua forma de trabalho, majoritariamente informal. Torna-se instigante por produzir interpretações alternativas de visões consagradas, tendo como ponto de partida o conhecimento e o reconhecimento daquele que segundo a autora esta por trás do capacete: O motoboy. Trata-se do cotidiano desse profissional, encontrado na dimensão do espaço, tempo e valor. No espaço de trabalho caracterizado pela rua. No tempo, busca incansável, para a entrega da encomenda. No valor que recebe ou no valor da vida que se esvai. A autora aborda as questões de informalidade que caracterizam a profissão e esboça um desenho de organização, que perpassa os caminhos da rua chegando aos territórios de partida desses trabalhadores, momento em que o leitor poderá ter contato com o simbólico que reveste o viver desses jovens, seus sonhos, desejos, saberes e desafios. A leitura de Motoboys: Filhos do Asfalto nas Artérias da Exclusão nos convida a encontrar respostas para um fenômeno urbano, que desde a década de 90 se revela como desafio de compreensão, reconhecimento e inclusão.