A 'modernidade crítica', uma nova maneira de pensar o lugar da ciência e da técnica no desenvolvimento das nossas sociedades. O homem moderno confia na ciência, na racionalidade, nos direitos do homem. O século XX, com as guerras mundiais, as guerras de descolonização, com a crise ecológica, conduz a um questionamento do conceito de progresso, que sustenta o projeto moderno, a tal ponto que alguns falam de 'crise de civilização'. Esta obra lança um novo olhar sobre o lugar da ciência na evolução das nossas sociedades. Apoia-se na filosofia das ciências para pensar os impactos das descobertas científicas sobre os nossos sistemas de significação religiosos ou ateus, sobre os desenvolvimentos tecnológicos, sobre os problemas ecológicos. Aborda as questões éticas em ligação com as evoluções científicas. Analisa as contribuições das neurociências para a nossa conceção do humano como ser livre. O processo desemboca no conceito de 'modernidade crítica' que propõe uma resposta 'moderna' para a crise. A atitude 'crítica' visa uma atenção à pertinência e aos limites do processo científico. Permite um desenvolvimento tecnológico ao serviço do humano, uma apreensão global dos problemas ecológicos, uma consideração das dimensões éticas da existência. Permite por fim, uma evolução internacional aberta a uma autêntica diversidade cultural. Um ensaio original que esclarece os desafios maiores da nossa época.