Episódio no Arroio Martins O piado da pomba do mato é como o som grave de uma flauta de bambu. É lúgubre, mesmo com o cascatear alegre do arroio. O churrasco é feito ali perto das margens, na clareira com o braseiro entre um amontoado de pedras. As folhas secas estalam no chão quando pisadas e no lugar fresco e perfumado espalha-se o cheiro da costela assada. Um bater forte de asas de pássaro, ruído de passos, e Mariante vê que se aproximam Gonçalo e Cantalice quando ele tenta localizar a pomba do mato. É um bichinho com penas acinzentadas, difícil de achar entre os galhos. Por isso, distraído, mal dá pela presença de Cantalice, que arma o bote para segurá-lo pelos braços. - O que é isso? - diz Mariante. Gonçalo salta em sua direção. Ele e Cantalice o imobilizam ao manietá-lo com uma cordinha de amarrar porco. - O que é isso?! Vocês vão me bater! Cantalice apanha o sabre. - Na beira do arroio! - grita Gonçalo, possesso.