O colapso do sistema financeiro não é a causa, mas sim a manifestação de um impasse na economia mundial. É desta forma, em oposição às linhas de interpretação hegemônicas, que István Mészáros analisa o atual período histórico em sua nova obra, A crise estrutural do capital. No livro, o filósofo desmonta uma série de ilusões associadas aos acontecimentos recentes e afirma que as raízes da crise, na verdade, encontram-se no atual estágio de desenvolvimento do capitalismo.O colapso do sistema financeiro não é a causa, mas sim a manifestação de um impasse na economia mundial. É desta forma, em oposição às linhas de interpretação hegemônicas, que István Mészáros analisa o atual período histórico em sua nova obra, A crise estrutural do capital. No livro, o filósofo desmonta uma série de ilusões associadas aos acontecimentos recentes e afirma que as raízes da crise, na verdade, encontram-se no atual estágio de desenvolvimento do capitalismo. Crise dos subprime, crise especulativa, crise bancária, crise financeira - os nomes são muitos para a imensa expansão da aventura especulativa, que abalou o capital financeiro e, naturalmente, os ramos produtivos das economias. Em resposta, governos e instituições globais jogam trilhões de dólares no sistema, ao passo que os indicadores econômicos seguem sinalizando o aprofundamento da deterioração na chamada 'economia real'. Mészáros argumenta que é inócua a ação de governos e instituições globais que inundam a economia com trilhões e clamam pelo retorno da "confiança". A partir de uma visão histórica e sistêmica sobre a crise do capital, o autor mostra que esta crise nada tem de nova. Pelo contrário, é endêmica, cumulativa, crônica e permanente; e suas manifestações são o desemprego estrutural, a destruição ambiental e as guerras permanentes. (...) Com isso, Mészáros evidencia as falhas em tentativas de cunho socialdemocrata, keynesiano ou desenvolvimentista. Para o autor, a crise em desenvolvimento coloca no horizonte a relevância do marxismo e do desafio coletivo para a construção de uma maneira distinta de produzir e viver.