Desde os anos 1960, os ambientalistas e cientistas vêm alertando sobre o perigo do colapso ambiental. Todos pedem uma mudança radical para evitar esse colapso. A novidade é que um número crescente de economistas, até então defensores do crescimento como panaceia para resolver todos os problemas, agora fala dos limites do crescimento e da necessidade de “mudar de economia”, tanto para evitar o colapso como para alcançar a justiça social. Entretanto, tanto a postura dos responsáveis políticos quanto as soluções que vêm sendo propostas (do desenvolvimento sustentável à economia verde) estão muito aquém do esperado. Não atacam a raiz do problema: o atual modelo de produção e consumo já é insustentável, e o será ainda mais quando for generalizado. Esta evidência leva a uma conclusão incontornável: a necessidade de justiça social e ambiental nas relações entre os países e no interior de cada país, única forma de tornar aceitáveis (ética, social e politicamente) as mudanças indispensáveis.