A escrita fragmentária de Gérard de Nerval (1808-1855) brota de uma existência errante, marcada pelos rumos provisórios da vida boêmia. Embora tenha se entregado ao idealismo, o poeta demonstrou uma percepção aguda de sua época e, segundo David Arrigucci Jr., se arriscou a cruzar a soleira do invisível, juntando o real ao sonho. Neste estudo, o objetivo de Marta Kawano é compreender na obra do escritor francês o jogo entre uma intensa experiência onírica e o cultivo da lucidez e da ironia. Sumário Agradecimento Nota Explicativa (Sobre a Tradução das Citações) Introdução Analogia e Irona (em torno de A Alexandre Dumas) O Direito e o AvessoOrfeu e MenipoA Escrita em Trânsito Boêmio e Jornalista (La Bohême Galante e El Desdichado)A Viagem (Lorely, Les Nuits d’octobre, Promenades et Souvenirs)A Errância dos Motivos e os Motivos da Errância Bibliografia