A trama da modernidade é resultado de um projeto de pesquisa que visa analisar o sistema de orientação do sindicalismo brasileiro no curso do processo de transição do autoritarismo à democracia política, em fins dos anos 80. Neste período, a liberdade de expressão gerou muitas mudanças na vida social e trabalhista no Brasil, dando espaço para novas práticas, em detrimento do sindicalismo corporativista. O livro, centrado no estudo do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, procura a gênese do chamado sindicalismo de resultados, responsável por uma nova central sindical brasileira - a Força Sindical. Através de um estudo sistematizado e perspicaz, o autor pretende reconstruir as bases sociais e político-institucionais do sindicalismo pragmático para abordar sobre a incorporação dos trabalhadores organizados na sociedade brasileira pós-autoritária. A seguir, um trecho do prefácio assinado por Luiz Werneck Vianna. "O leitor tem diante de si um dos melhores trabalhos sobre o sindicalismo brasileiro contemporâneo, resultado de uma reflexão teórica crispada, inquieta e tensa de quem quer intervir sobre o mundo. A trama da modernidade, mais do que um estudo sobre um ator influente do sindicalismo brasileiro, consiste em uma interpretação, vista da perspectiva do mundo do trabalho, do processo da transição em que seu autor não nos deixa de mobilizar, a cada passo da sua análise, para a importância do nosso próprio julgamento sobre o processo que ele recompõem em sua narrativa."