Somos chamados a reinventar novas formas de se pensar a negritude. Se antes os quilombos eram vistos como reduto de negros fugidos, nesta proposta convido o leitor a reinventar histórias, a trazer consigo as imagens e poéticas de uma comunidade quilombola, que, a exemplo de muitas outras no Brasil, compreende narrativas de sujeitos invisibilizados em sua própria trajetória. Trago a minha história ilustrativa como quilombola que, nas marcas da oralidade, narra os caminhos poéticos do caxambu, com histórias de Mestre Laurinda, a ilustrativa história de Adão Ventura, de crianças e de professores muito importantes nessta proposta educativa. Naquela época, Leonardo Ventura ensaiava seu caminho griô contador de causos, de histórias. Desvendar a comunidade de Monte Alegre e colocá-la no centro da discussão dos reconhecimentos dos Territórios Quilombolas foi um grande desafio, porque estávamos no auge da discussão e compreensão dos processos de reconhecimento e tentando compreender as (...)