As décadas de 1960 e 70 têm sido bastante revisitadas pela história e crítica de arte recentemente. No entanto, esse grande interesse não implica na homogeneidade dos enfoques e perspectivas, nem tampouco nos sentidos que se atribuem a tais experiências. As práticas conceituais tornam-se bastante relevantes para se repensar aos rumos das instituições como os museus, as exposições e os arquivos diante da globalização e dos programas neoliberais correlatos que assolam as políticas culturais mundo afora. Recuperados hoje, por meio de investigações, muitos documentos, obras, artistas, coletivos e movimentos vêm sendo reavaliados. A recuperação de arquivos oriundos das práticas e dos sistemas de circulação artísticos alternativos, importante naqueles anos difíceis, sugere uma atenção para estratégias e táticas onde outros instrumentos de análise devem ser buscados. Essa publicação é resultante do Seminário "Conceitualismos do Sul/Sur" realizado no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (2008), que contou com o apoio da FAPESP e do Centro Cultural de Espanha em São Paulo e Buenos Aires e concretizou uma colaboração intensa entre pesquisadores e artistas da América Latina e Espanha.