É a narração de um homem que cresceu em virtual escravidão, colhendo algodão para o "Homem", em plena década de 1960. Uma pessoa que nunca pisou numa escola, nunca recebeu um centavo pelos anos que passou quebrando as costas num trabalho desumano, que via a sobrevivência nas ruas de uma cidade grande como uma evolução na sua vida. E nunca sonhara em ser amigo de um homem branco que dirigia carros de luxo e freqüentava os melhores restaurantes. Esta também é a história de Ron Hall, igualmente contada com suas próprias palavras. Um marchand de primeira linha, que tinha faro para descobrir obras-primas e talento para negociá-las, Ron subiu na vida como um foguete, passando de vendedor de sopas a vendedor de Picassos e Van Goghs. Sentindo-se em casa nas mansões de Hollywood, nas galerias do Soho e nos castelos da Europa, ele nunca imaginou que o próximo capítulo de sua vida seria escrito num abrigo para moradores de rua na periferia de Dallas.