Este livro não pretende ser autobiográfico, apesar de fazer referencias à vida, no intuito de mostrar sua origem: como foi chamado por Deus para a vida sacerdotal e como foi parar na Europa. O núcleo da obra é uma demonstração de que nada é feio quando está presente a beleza da fé ou, em outras palavras, mostra também que a guerra destruiu cidades e vidas, mas não acabou com valores da alma e do coração dos que não morreram! O autor foi para a Europa em 1947, dois anos após o fim da 2ª guerra mundial. Lá estudou teologia em Roma e em Oxford. Completou sua formação jesuítica na Espanha e daí voltou à Inglaterra para um curso universitário sobre a cultura grega. Apesar das lembranças tenebrosas que pairavam sobre as ruínas da guerra, o que mais surpreende no livro é a narração de eventos e encontros pessoais que tornam quase luminosos os escombros que ainda pareciam fumegar. As várias privações pelas quais passou em seus nove anos de Europa semidestruída diluem-se na beleza dos acontecimentos que descreve, num contraste que torna a obra original e agradável de ler. Foi um "belo pós-guerra" que o autor viveu em terras marcadas por um cataclismo que causou alterações radicais na vida das pessoas.