Entre flores e muros: narrativas e vivências escolares. Esse título híbrido, entre a poesia e o texto acadêmico, reflete a abertura e disposição dos autores dessa obra em trilhar metodologias narrativas para as suas pesquisas. Essas metodologias podem ser consideradas como construções feitas dos encontros incidentais entre dois gêneros de atores sociais: de um lado, os pesquisadores que se interessam por temas vinculados a uma comunidade específica, de outro, os próprios participantes da comunidade. São também exercícios literários a partir dos diferentes relatos inspirados por esses encontros, o que inclui processos de (auto)descoberta transgressora e de alteridade sensível. Em resumo, são escritos de idéias, emoções e práticas de estudantes e professores, com os quais compartilhamos as felicidades e frustrações da experiência escolar vivida. Através de experiências escolares vividas (e relatadas nos seus detalhes cotidianos), os diferentes escritos revelam realidades metropolitanas e interioranas de diferentes estados: Rio Grande do Norte, Piauí, Bahia e Pará. Essas diferentes facetas da vida escolar podem ser montadas (de acordo com a cumplicidade dos leitores) como um mosaico de relatos de frustrações e felicidades, porém comprometidos com uma melhoria radical da educação pública brasileira.