Ainda hoje as bandeiras do suposto progresso avançam fronteiras na Amazônia brasileira. A busca por crescimento econômico continua justificando a degradação ambiental irreversível e a perda da diversidade cultural. Sem considerar as características socioambientais da região amazônica, a ocupação dessa área continua se baseando em um modelo externo. De fora para dentro, os sulistas continuam tratando a floresta como o inferno verde e o capital estrangeiro como uma região cheia de recursos lucrativos, tais como os diamantes dispostos na Terra Indígena Roosevelt do Povo Cinta Larga. Com esse viés, a obra Mineração em Terras Indígenas: Os Diamantes Cinta Larga pretende analisar os aspectos jurídicos que envolvem a questão da mineração em terras indígenas e levantar uma reflexão a respeito dos valores sociais predominantes. A riqueza da diversidade cultural, que no caso dos povos indígenas está intimamente interligada com a preservação da natureza, apresenta-se, no atual momento de crise ambiental, como um recurso necessário para a perenização da vida. Na busca por um desenvolvimento sustentável que possamos refletir sobre quem ou quais são de fato as pedras preciosas a serem preservadas.