O livro, em sua primeira parte, analisa a influência do Cinema Novo nos filmes que surgiram após o seu fim, em 1968. O período abordado vai até 1975, quando, através do Plano Nacional de Cultura (PNC), o governo federal domina a produção cinematográfica nacional, fazendo da Embrafilme a mola mestra desse cinema oficial. Partindo de uma observação crítica dos filmes do Cinema Novo, chega à sua herança e à postura do cinema brasileiro nos anos 1980, que marginalizou suas conquistas políticas e estéticas. Na segunda parte, Sergio Botelho acompanha, seqüência por seqüência, imagem por imagem, o filme Guerra conjugal, de Joaquim Pedro de Andrade. Numa adaptação "fiel" dos contos de Dalton Trevisan, o filme recebe tratamento de pornochanchada, gênero que atingia o auge da produção naquele momento (1974). Mas é o tratamento crítico que o distancia das demais pornochanchadas e o transforma em "ovelha negra". Exibindo imagens até então latentes e desconhecidas em todas as suas significações, mostra um realizador em pleno domínio de todos os elementos que compõem o fazer cinematográfico. Em sua última parte, Sonia Goulart analisa as profundas modificações estéticas e culturais que eclodem na Europa após a Primeira Guerra, que impulsionaram o que se denomina de cinema experimental ou Cinema d´avant-garde, originado principalmente dos movimentos estéticos vanguardistas nas artes plásticas: futurismo, dadaísmo e surrealismo. Destina-se ao público de forma geral e, mais especificamente, aos estudiosos de cinema, cinéfilos e leitores ligados à cultura.