Melbourne, fim da década de 1940. Desprezado pela intelectualidade pretensiosa e frívola, o jovem poeta Christopher Chubb decide vingar-se, escolhendo como alvo a mais vanguardista das revistas literárias e o mais arrogante de seus porta-vozes, o editor David Weiss. Sem medir as conseqüências de seu gesto, inventa a vida e a obra de um certo poeta da classe trabalhadora, Bob McCorkle, convenientemente morto aos 24 anos. Dotados de um ardor e de uma selvageria, surpreendentes, os poemas fascinam Weiss, que é envolvido na armadilha e, junto com seu algoz, acaba caindo em desgraça, picado pelo próprio veneno. Quando a verdade vem á tona, o ser criado por Chubb materializa-se furiosamente diante de seus olhos aterrorizados, exibindo a diabólica dimensão da imaginação. Como uma espécie de Frankstein, ele manobra para escapar da fantasia à crueldade da vida.