Observando o processo de criação e estabelecimento de novas vilas e povoações, este trabalho acompanha a elaboração de uma política no campo da urbanização levada a cabo na capitania de São Paulo entre os anos de 1765 e 1811.No urbano, mesmo quando há projeto, a sua materialização é sempre um processo. Este trabalho assume de maneira inequívoca a apresentação dos processos de criação urbana na sua dimensão mais abrangente, que é a da própria história. Mas não se trata da mera narrativa cronológica da criação das vilas e povoação. Ao contrário, a intenção declarada da autora é questionar sobre os procedimentos e métodos, sobre como se deu o processo, em que circunstância, com que agentes, com que meios, com que resistência, com que conflitos. E muito houve. Como bem disse o próprio Morgado de Mateus: “Não há coisa tão dificultosa de conseguir e que necessite de tanto trabalho e paciência como é povoar e fundar estabelecimentos”.