O ano de 2020, com a ocorrência da pandemia do novo coronavírus, impôs de forma irrevogável a necessidade de reajustes e reinvenções de nossas formas habituais de estar no mundo com o outro. As relações mais elementares e o nosso modo de trabalhar, estudar, consumir e buscar serviços sofreram uma radical alteração. Os índices de sofrimento emocional e a ansiedade gerada pelas incertezas, que vieram a reboque dos acontecimentos relativos à pandemia, convocaram as profissões da área da saúde a buscar rapidamente estratégias e possibilidades de ocupação de um lugar que garantisse o cuidado aos profissionais, mas que igualmente pudesse assegurar o oferecimento dos serviços de assistência tão necessários para o enfrentamento do contexto atual. Neste cenário a Psicologia, em especial a Psicoterapia, precisou arregimentar com seriedade, rapidez, ética e ousadia novas formas de manter os atendimentos psicológicos; desafio com maior ênfase no que se refere ao público infantojuvenil,