Três viajantes americanos tentando desvendar os mistérios do deserto do Saara e encontrando, a cada passo, deslumbramento, perturbação, poeira, loucura e no final, a morte. "O céu que nos protege" poderia ser definido como a obra-prima do escritor e compositor Paul Bowles. Mas seria resumir demais as muitas qualidades e leituras que este livro, publicado em 1949 e best-seller incontestável do pós-guerra, possibilita. Saudada pelo teatrólogo Tennesse Williams como uma prova de que um autor americano podia ser tão tenso e profundo quanto Sartre e Jean Genet, a obra de Paul Bowles foi uma espécie de tótem da geração on-the-road de Ginsberg e Corso, e atravessou décadas sendo lido por entusiasmados fãs que pareciam, a quem não conhecia a obra, uns iniciados.