Você está de castigo e vai escrever”, foi o que minha mãe disse. “Nada de rua, de brincadeiras, de confusão, de televisão”. Ela está muito brava comigo. Ela disse: “Guto, de hoje até o dia de seu primeiro encontro com a psicóloga, você vai escrever todos os dias. Vai escrever sobre você mesmo, sobre as coisas que você andou aprontando, entendeu? Vai escrever sobre o que você pensa e sente, vai contar seus sonhos”. Assim começa o delicioso diário de Guto, um moleque tão sabido que não para de inventar confusão, como você vai descobrir logo que dobrar a esquina da capa.