Este livro pretende pensar o campo cinematográfico centrando-se na flexão que a mediação da máquina câmera impõe à sua imagem. A exposição é desenvolvida a partir de três conceitos básicos: o sujeito que sustenta a câmera na tomada, as potencialidades reflexas da fôrma câmera e a fruição do espectador, conforme lançada e rebatida da tomada. O texto inspira-se em metodologia fenomenológica e, no capítulo inicial, apresenta um panorama sobre o primeiro pensamento de cinema que nela se baseou. No segundo e no terceiro capítulos, o autor desenvolve os conceitos de sujeito-da-câmera e de circunstância da tomada, utilizados para caracterizar a aparência reflexa das figuras que compõem a imagem-câmera. Obra que dialoga com o horizonte da teoria do cinema, é destinada a pesquisadores e cinéfilos que procuram pensar a sétima arte desde um horizonte conceitual mais denso. Explorando e polemizando com diversas tendências que marcaram o pensamento sobre cinema no século XX, busca inspiração para analisar formas cinematográficas contemporâneas.