A idealização dessa obra contempla três campos do saber, são eles: a memória, o trabalho e a saúde. Inter-relacionar esses campos tornou-se um desafio, que tentamos superar conhecendo-os e potencializando os possíveis pontos de articulação. A memória tornou-se o elemento aglutinador nesse processo, por suas características de multidisciplinaridade e multimodalidade. O trabalho se inscreve na história da humanidade como atividade central, o que nos possibilita, a partir dele, compreender as construções e transformações das sociedades, principalmente com o advento do capitalismo, que deu ao trabalho, novas, possibilidades para analisá-lo. O campo da saúde constitui-se como um campo vasto e complexo onde o conhecimento é construído. No entanto, o escolhemos como um cenário para analisar como o trabalho, em uma perspectiva mnemônica, se apresenta. Isso nos dará subsídios para demarcar temporal e espacialmente a nossa construção. Dividimos esta obra em sete capítulos, assim descritos: Temporalidade e Memória na concepção de Platão e Aristóteles; Concepções Teóricas de Memória: possíveis diálogos entre Proust, Bergson e Deleuze; Memória: uma revisão nas concepções de Henri Bergson e Maurice Halbwachs; Memória em Foucault: uma análise a partir dos possíveis enunciados sobre o trabalho; A arte de cuidar: memórias sobre a profissão de enfermagem no mundo do trabalho; As multifaces da precarização do trabalho e a enfermagem: uma revisão integrativa da literatura; e Assistência Pré-natal: conhecendo a qualidade a partir da concepção das puérperas.