O subalterno pode falar: uso de fontes primárias no resgate da história das práticas escolares, de Mariza da Gama Leite de Oliveira, propõe-se a reconstituir a história de uma instituição de ensino primário e de assistência a segmentos pobres da sociedade denominados desvalidos da sorte, no ambiente reformador da década de 1930, na capital federal. A renovação da História Política e a abordagem dos Estudos Subalternos viabilizaram reflexões sobre as práticas e os projetos pedagógicos desenvolvidos na instituição, além da agência e resistência dos seus protagonistas. A pesquisa documental empregada utilizou como principais fontes: jornais, relatórios, documentos do centro de memória da escola e fascículos da revista A Escola Primária, em que emergem os principais debates e embates acerca da Instrução Pública Primária nas primeiras décadas do século XX, sob a direção dos inspetores escolares. Assim, fatores previamente não observados foram revelados com o auxílio da observação (...)