[…] O desastre de Mariana não foi o primeiro, e nem foi o último rompimento de barragem que ocorreu em nosso território, várias outras barragens romperam liberando rejeitos e deslocando pessoas como a Barragem de Macacos, em 2001; a barragem pertencente a Indústria Cataguases de Papel, em 2003; barragem de Camará, em 2004; a barragem de Herculano, em 2014; e, recentemente a barragem 1 do Complexo da Mina Córrego do Feijão, em 2019. O que esses desastres envolvendo barragens de rejeitos têm em comum? Além de poder se afirmar que esses desastres retratam e acentuam as vulnerabilidades já existentes? Retratam, como no caso de Mariana, a falta de manutenção, a falta de um plano de emergência que de fato previsse o impacto social e ambiental do rompimento, a falta de um estudo de impacto ambiental. Tudo isso pela urgência de procedimentos de licenciamento, procedimentos de execução, pressão por redução de custos, por exemplo.