Um conflito entre razão e força. Entre política e austeridade. No século V a.C., Atenas, centro político e civilizacional do mundo conhecido, e Esparta, cidade-estado de tradição militarista e costumes severos, se enfrentaram em um dos mais importantes e conhecidos embates da Antiguidade. A guerra do Peloponeso, detalhadamente registrada por Tucídides e Xenofonte, foi tão dramática, desagregadora e destrutiva quanto a Primeira Grande Guerra Mundial do século XX. Um período de brutalidade sem precedentes, que violou até os rígidos códigos de combate e resultou em uma enorme destruição de vidas e propriedades, no aprofundamento das diferenças entre facções e classes, além de um retrocesso na tendência de fortalecimento da democracia. Mas o que realmente estava por trás do fato? Historiadores e arqueólogos tentaram escavar sua verdadeira dinâmica através de camadas e camadas de poeira e fatos controversos. Em A GUERRA DO PELOPONESO, Donald Kagan recorre a seu incomparável conhecimento como classicista, historiador militar e teórico de relações internacionais, para oferecer observações adicionais e correções aos equívocos consolidados pelos séculos. Ao reunir descobertas de pesquisadores modernos, faz uma crônica da ascensão e queda de um grande império, que privilegia a ação da inteligência e do acaso nos impasses humanos e políticos, e destaca o papel da população, das grandes personalidades, o potencial de liderança e seus limites de atuação. Kagan ressalta o perfil de líderes políticos como Péricles, o maior entre os atenienses, e do carismático general Alcibíades. Captura a dinâmica da guerra reconstituindo algumas das mais famosas campanhas militares da Antiguidade, da desastrada ofensiva ateniense na Sicília à impressionante vitória espartana em Aegospotami. A GUERRA DO PELOPONESO apresenta um retrato acessível daquele mundo desaparecido para os leitores contemporâneos.