Esse estudo buscou explorar e compreender, por meio das representações sociais (RS), as imagens que universitários tem da escola. As RS, por serem reveladoras de uma realidade social, atuam orientando as ações dos sujeitos e criam conhecimentos expressos a partir de imagens. Estas buscam referências no real e no imaginário e vão adquirir coerência a partir do olhar que compreende a escola como um espaço simbolizado. A apreensão desse espaço demandou uma metodologia multidimensional, com coleta e processamento de e informações advindas de narrativas desenhadas e escritas. Os resultados, de maneira geral, registraram duas dimensões de imagens. A primeira, fortemente compartilhada pelos estudantes de Pedagogia, indicou uma escola idealizada com seus materiais escolares e ambientes típicos de uma escola de ensino infantil ou fundamental. Um espaço fechado por muros e portões envolto num clima harmonioso, onde os conflitos e as lutas são amenizados. A segunda, descrita por estudantes de Medicina, expôs a escola do presente, ou a escola em que vivem como alunos. Uma escola que tem como luta o crescimento pessoal, oferecendo condições materiais e físicas. Nessa dimensão o aluno é o personagem central, que se destaca porque enfrenta os obstáculos cotidianos, que variam desde a luta para entrar na faculdade até como se manter nela, sempre com a meta de se tornar um sujeito mais qualificado. As lutas são compreendidas como investimentos individuais, o que implica conquistas também individuais. As conclusões indicaram que a RS da escola para esse grupo de universitários é formada por imagens criativas, mas pouco originais. Juntas formam um campo semântico composto por palavras e expressões de significados superficiais como: cidadania, participação, qualidade de ensino, oportunidades e justiça social.