Escrita em linguagem simples e por isso mesmo bastante acessível, a Índia submersa começou a ser esboçada em Istambul e fala de eventos ocorridos no Oriente no início da década de 90. Os episódios foram narrados a uma família turca, que vivia no bairro de Sultanahmet. No Oriente, escrevi muito pouco. Às vezes, o frio congelava minhas mãos, impedindo-me de segurar convenientemente a caneta e o papel. Difi cultava-me também a proximidade excessiva em relação ao que tentava observar.Precisava de uma distância tanto no sentido espacial quanto no temporal. Em Istambul, fi z algumas anotações a título de diário, baseadas nas conversas que tive com Layla e seu pai. Sua visão de escritor e sensibilidade poética captaram os símbolos externos de um povo que caminha contraditório entre o presente anódino e o passado milenar. Aqui habitam os seres contingentes, as criaturas débeis e misteriosas que o autor conheceu.