Bololô, vamô ocupar! é, antes de tudo, um grito de resistência. Traz como personagens principais os jovens secundaristas que ocuparam as escolas em São Paulo em 2015 e suas experiências, que provocaram cenas de dissenso capazes de fissurar um projeto governamental que realçou as assimetrias e as vulnerabilidades da educação pública brasileira.Grande aposta teórico-metodológica, o livro faz com que o leitor mergulhe num processo de pesquisa que leva a pesquisadora a se expor, a refletir e a caminhar com essas cenas de ocupação, propondo a construção de uma aproximação entre as noções de cena de dissenso e do método da igualdade (Rancière), dispositivos (Foucault) e arranjos disposicionais (José Luiz Braga).A proposta do livro parte da reconstrução das cenas de dissenso das ocupações secundaristas, passando pelas análises de seus processos comunicativos, que envolveram a apropriação das redes sociais digitais [...]