Estar em mim foi essencial para estar ao lado dos meus pais e também para estar sem eles depois. Quando a doença e a morte entram pela porta da frente e sentam no sofá, elas mexem com todas as estruturas da casa. Levantam a poeira das emoções, tiram tudo do lugar, revelam sombras e rachaduras, mas também inesperados tesouros. Foi isso o que Júlia Jalbut descobriu ao acompanhar o adoecimento simultâneo de seus pais ao longo de doze anos. Em meio a tratamentos e burocracias, emoções ambivalentes e cansaço, a autora encontrou oportunidades de restaurar relações e valores, e descobriu formas de se manter inteira diante das turbulências. Uma casa que não pode cair é um relato de cuidado, luto e cura. É também um repositório de sabedoria de médicos, psicólogos, filósofos, escritores e outros que se debruçaram sobre esses temas.