Alice, Mercedes, Adolfo, Nelson Filho, Libório, o porteiro. Perfis que vão sendo traçados ao longo da narrativa. Personagens que trafegam por ambientes repetidos o beco, a rua da Matriz, a cidade do Rio de Janeiro. Histórias que brincam na fronteira muito tênue entre a sanidade e a loucura, a lógica e o absurdo. Sem atender a modelos prévios de gênero, mas criando seu próprio espaço literário, Flávio Carneiro promove em Da matriz ao beco e depois a interação do conto, do romance, da novela, do depoimento e do ensaio de forma criativa e inteligente. Narrativa engenhosa em que os contos/capítulos se entrecruzam numa espécie de labirinto textual, onde queremos sempre ir mais adiante.