Dividindo as províncias do Império apresenta um argumento original: o de que a tomada de decisões no Brasil Império era caracterizada pelo efetivo funcionamento de um sistema político de tipo representativo. A partir da análise dos processos decisórios desencadeados pela apresentação de projetos que previam a criação de novas províncias (Paraná, Amazonas, Sapucaí, São Francisco, Oyapockia), o autor defende que, mais do que a vontade do imperador ou dos ministros por ele nomeados, o que definia a questão era a ocorrência de debates e votações entre deputados cujas lealdades encontravam-se divididas. Em um momento no qual a identidade nacional encontrava-se em pleno processo de construção, quais interesses defender? Os da província de origem, cujos cidadãos os elegera para representá-los, ou os de uma nação ainda imprecisa e indefinida? A necessidade de incrementar a economia regional deveria motivar a criação de novas províncias ou deveria servir como argumento para impedi-la? E o [...]