Foi com Aguapés que a britânica de origem indiana Jhumpa Lahiri foi finalista do Man Booker Prize 2013 e do National Book Award 2013. O livro é bom, por isso chegou tão longe. Não ter vencido, talvez, tenha sido deslize de edição. A narrativa empolga, interessa, envolve, mas por vezes se alonga desnecessariamente, se arrasta. Algumas páginas a menos não fariam mal algum, pelo contrário. A história é conduzida pelos destinos de Subhash e Udayan. Os irmãos começam a tomar rumos diferentes na década de 1960, quando a Índia vê conflitos e rebeliões eclodirem em seu interior. Em zonas rurais, nasce o Movimento Naxalita, grupo maoista que defende uma revolução popular. É com os rebeldes que se afina Udayan. Enquanto o irmão parte para os Estados Unidos, onde passa a se dedicar à vida acadêmica. Os passos de cada um são em direções opostas. Udayan se aproxima da luta armada, da clandestinidade.