Um jogo de azar e uma espécie de rito sacrificial desenvolvido num terreno em que o onírico e o primitivo se fundem ao racional e ao utilitário, o jogo do bicho está incrustado no cotidiano dos brasileiros. É o que nos mostram os antropólogos Roberto DaMatta e Elena Soárez em Águias, burros e borboletas, ensaio que ultrapassa a análise do jogo como objeto de poder dos bicheiros e apresenta um estudo mais amplo e mais específico do debate.