As rivalidades entre Brasil e Portugal são apenas aparentes, pelo simples sentimento libertário sempre presente entre criador e criatura. Claro que não poderia ser diferente no que diz com avanços sociais referentes a temas permeados – tanto lá como cá – de enorme rejeição, por puro preconceito. A origem é a mesma: o conservadorismo imposto mediante argumentos supostamente de origem religiosa. Mas as consequências são das mais perversas: a condenação à invisibilidade e à exclusão da tutela jurídica de quem foge do modelo eleito como sendo o único aceitável de viver e amar. Cabe atentar que em Portugal, o casamento entre pessoas do mesmo sexo foi sancionado por lei, em junho de 2010. No Brasil, o reconhecimento das uniões homoafetivas como entidade familiar começou no ano de 2001 e foi chancelado pelo Supremo Tribunal Federal em maio de 2011. Até que em 2013 o Conselho Nacional de Justiça proibiu que seja negado acesso ao casamento direto ou por conversão da união estável.