Esta obra se constitui - no contexto atual de reprodução ampliada do capital - numa excelente problematização sobre as tensões entre a sociabilidade burguesa e o Serviço Social, tema esse tratado por intelectuais da maior envergadura no campo das ciências sociais e humanas, que mesclam trajetórias acadêmico-científicas com militância política. Seu mérito principal reside no eixo articulador do conjunto dos capítulos que entrelaça, compreende e explica a dinâmica da vida social centralizada no trabalho enquanto pressuposto fundante da gênese, constituição, sociabilidade e emancipação do ser social; constituinte de uma nova ordem societária: sem exploração de classe, sem discriminação de gênero, geração e etnia e que rompe com os processos de alienação e coisificação humana, próprios da sociabilidade burguesa. E, seguramente, o material que vem a público se constitui como referência teórica, política e ética à luz da teoria social de Marx no Serviço Social e para consolidação do Projeto Ético-Político do Serviço Social brasileiro.