O Direito Vivo na Luta pela Terra descreve a saga de famílias que, a despeito de sua diversidade de origem, trajetórias e atuais posicionamentos, enfrentam, ainda que de forma diversa e nem sempre harmônica, antagonistas comuns contra seu modo de vida comum. Nessa saga, as famílias expressam, em suas práticas cotidianas, um processo de aprendizagem coletiva, com transformações de suas noções de direito. As famílias pioneiras, apoiadas pela Igreja Católica, tinham no mote da terra para quem nela trabalha, o motor que os levou ao enfrentamento daqueles que lhes impediam o seu acesso. Conquistada a terra, logo aprenderam que tanto a forma de implementação do instrumento de regularização fundiária, quanto o contexto de assédio de agentes inidôneos da indústria madeireira, apresentariam ameaças às formas autônomas com que praticam a gestão dos recursos naturais.