É preciso ler, estudar "O Coronel", deliciar-se com a Óbidos de 1870, espaço e tempo da história. O livro flui, derrama-se, envolve, puxa o leitor pelas franjas da escrita desataviada dos formalismos de um registro erudito. É um livro moderno, vincado pela atualidade da concepção dos "casos". Por ele, pode-se constatar as mazelas de ontem persistindo nas mazelas de hoje. As correlações são flagrantes. Do ponto de vista político, a cidade de Óbidos de 1870 espelha qualquer cidade deste Brasil de 2012; qualquer cidade de hoje transformada em palco de embates eleitorais. Ou eleitoreiros.