A figura e a obra de Hannah Arendt (1906-1975) vêm ganhando, a cada dia, mais destaque no panorama da filosofia e do pensamento político. Hannah Arendt: pensadora da crise e de um novo início apresenta o itinerário da autora em três etapas. Inicialmente, aborda a investigação feita nos anos 1940 sobre os regimes totalitários, especialmente sobre o nazismo, da qual resultou o livro Origens do totalitarismo (1951). Para Hannah Arendt, a crise política expressa no surgimento dos estados totalitários constitui o último passo de uma série de rupturas que marcou a história moderna. O segundo tema aqui discutido é a concepção de política da filósofa. Seguindo uma sugestão própria da autora, o livro faz menção, em primeiro lugar, à atitude de desconfiança de tudo o que é público e plural no mundo contemporâneo. Em seguida, discute a visão renovadora da política, baseada na teoria da ação, exposta em A condição humana. Por fim, é considerado o propósito dos últimos textos de Hannah Arendt de relacionar as atividades espirituais do pensar e do julgar. Isto a conduziu a um tratamento muito singular e positivo do vínculo entre a experiência intelectual – a vida do espírito – e a ação política. Um livro sobre Hannah Arendt não poder deixar de levar em conta aspectos de sua vida e o ambiente que sua obra foi elaborada. Por isso, este trabalho inclui um resumo biográfico dessa grande pensadora e informações relativas à história política da época em que viveu.