O poeta, crítico literário e tradutor Michael Hamburger procura enquadrar em uma nova narrativa a multiplicidade de caminhos que a poesia moderna trilhou ao longo do século XX. A partir do mapeamento feito por Hugo Friedrich em Estrutura da lírica moderna (1956), que situava Baudelaire, Rimbaud e Mallarmé em direção a uma poesia que cada vez mais se interessava apenas por si mesma, o ensaio de Hamburger propõe um espectro de realizações que vai muito mais além. Ele destaca poemas e poetas que se expressam em idiomas como polonês e russo, além de tratar de autores como Fernando Pessoa e Carlos Drummond de Andrade.