Sustentado pelo método da formação socioeconômica e territorial, Milton Santos analisa alguns aspectos da aglomeração paulistana, cuja situação considera crítica, e aponta para tendências nem sempre valorizadas pelos administradores e até mesmo pelos pesquisadores. Aliando o método geográfico à economia política, o autor elege algumas variáveis em sua análise: o papel do Estado e sua ação corporativa; a distribuição de renda e os contrastes entre riqueza e pobreza; crescimento e crise econômica; o tamanho da cidade; especulação e vazios urbanos; o gasto público e a seletividade social e espacial; além das tendências da realidade atual. O autor também descreve o princípio da fragmentação do espaço, evidenciada pela capacidade de mobilidade da população nas questões de moradia e de transportes. Por fim, a partir da tese desenvolvida neste ensaio, define a cidade de São Paulo como a Metrópole Corporativa Fragmentada.