Por toda a vida, Cachorro Velho foi escravo no engenho de açúcar do patrão. Seu corpo está velho e cansado, sua mente se perde frequentemente em recordações. Às vezes ele até imagina a própria morte, ou pelo menos o que significa estar longe, muito longe. Então, a velha escrava Beira lhe propõe ajudar Aísa, uma menina de dez anos, a fugir. Escrito por uma descendente de escravos, Cachorro Velho é um retrato duro e comovente da desumanidade da escravidão. "O velho não temia o Inferno: tinha vivido nele desde sempre." A escravidão foi abolida em Cuba em 1886, mas, como em tantos outros lugares, sua nódoa se manifesta no preconceito racial e na discriminação. Ganhador do Casa de las Américas, a mais alta honra literária de Cuba e um dos prêmios mais importantes do mundo de fala hispânica, este livro abalará profundamente os seus leitores.Ao final do século XIX a escravidão ainda é uma realidade em Cuba, um dos destinos do tráfico de escravos e de plantações de cana de açúcar. Tirado dos braços de sua mãe ao nascer, Cachorro Velho não conheceu outra vida além da servidão em uma plantação de açúcar. Este romance oferece um relato do ponto de vista deste velho negro cubano. A história se refere constantemente às memórias de seus 70 anos como escravo. Através dessas lembranças, o leitor poderá vislumbrar o horror e desespero da vida de alguém que experimentou sucessivas perdas e a brutalidade dos senhores de escravos.