Lançando um novo olhar sobre o campo da Formação de Professores e da Educação Profissional e Tecnológica (EPT), campo que, historicamente, tem se colocado como palco de disputas e tensões na esfera do trabalho e da educação, esta obra propõe-se a responder sobre as políticas que vêm concorrendo para a formação do professor que trabalha nessa área da educação, tendo em vista os interesses do capital ou do trabalho no contexto da reestruturação produtiva. O autor realiza uma incursão pelas produções acadêmicas, analisa decretos exarados em três agendas políticas, apontando seus dilemas para a EPT, e os ordenamentos jurídicos no âmbito do Ministério da Educação e da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica, assim como os documentos internos de uma Instituição Federal de Educação, Ciência e Tecnologia, para captar as políticas determinadas nessa arena. Foram analisados editais de concursos públicos para a docência e o perfil dos professores aprovados. A análise autorizou o autor a apontar que os ordenamentos jurídico-institucionais direcionam-se para a possibilidade da educação profissional e tecnológica nos pressupostos da politecnia, enquanto que os editais de concursos públicos para a docência em EPT apresentaram estreita relação com as políticas desenvolvimentistas do governo federal, nomeadamente com a política industrial, que impuseram o conceito de arranjos produtivos locais, ou seja, cadeias produtivas.