Este livro visa contribuir com a discussão da relação entre estratégia e organização do trabalho. O ponto de partida desse estudo é uma análise da trajetória dos processos de implantação de grupos semiautônomos em empresas estudadas originalmente pelo autor em meados da década de 90. À análise dessas trajetórias foram agregados resultados de pesquisas correlatas desenvolvidos por ele nos últimos sete anos. A pergunta básica que o livro procura responder é: até que ponto a necessidade de inovação em produtos e processos requer também inovação em formatos organizacionais? O autor ainda seleciona e analisa casos internacionais (como o da Google, da Whole Foods Market e da Oticon), em que uma estratégia de diferenciação via inovação de produtos, serviços e processos levou à introdução de formatos organizacionais compatíveis (segundo a literatura disponível) e implementados de forma abrangente em toda a organização (e não somente em sua operação direta). Esses formatos organizacionais também se caracterizam pela implementação de grupos semiautônomos, mas, adicionalmente, incorporam determinadas escolhas sobre aspectos ligados a comunicação, gestão do conhecimento, relação com outras organizações, incorporação do conceito de serviço e práticas ligadas à gestão de pessoas. Com base na discussão dos aspectos citados e à luz de uma comparação dos casos nacionais e internacionais se procura, ao final, apontar para critérios a serem levados em conta para orientar projetos organizacionais que tenham a inovação como prioridade. Livro de apoio para as disciplinas Organização do Trabalho na Produção, Gestão Estratégica da Inovação, Administração e Organização, Ergonomia e Gestão de Pessoas dos cursos de Engenharia de Produção, Administração, Psicologia do Trabalho e Sociologia do Trabalho. Leitura recomendada para profissionais que lidam com a introdução de inovações organizacionais baseadas em trabalho em grupo, aumento da autonomia decisória e de coordenação baseada em resultados.