Até onde se pode ajudar alguém? Ou será a partir de onde? Na obsessão das tentativas de resgate, pouco fica dos dias que, entretanto, passam. Duas mulheres vivem separadas por paredes, mas unidas pela perda, pelos laços familiares e por um hall comum. Não vivem: tentam viver, enquanto os seus mundos se multiplicam em repetições e soluções ambíguas. Luísa não aceita a sua perda, a de alguém que não desapareceu, mas que se destrói dia após dia. Alda atravessa a vida envolta numa perda da qual não se consegue libertar, ou será que não quer arriscar perdê-la? Duarte acompanha-as, de fora, mas dentro, observando sem poder agir, espartilhado naquilo que pode vir a perder, também ele. Esta é a história de três pessoas, três formas diferentes de lidar com a vida, três respostas. É uma história de avanços e retrocessos, esperanças e desilusões, em que se entrevê uma vida tingida pelo álcool. Esta é uma história de pessoas como todos nós.