Antônio da Silva Jardim (1860-1891) tornou-se o grande astro da tribuna republicana entre 1888 e 1889, anos finais do Império brasileiro. De origem humilde, o bacharel fluminense alcançou momentos de grande visibilidade, ficando conhecido por sua oratória descrita como incandescente. Seu sucesso foi tão intenso quanto passageiro. Passou a enfrentar seguidas manifestações do monarquismo popular não apenas no Rio de Janeiro, sua província natal, mas em Minas Gerais, Bahia e Pernambuco. Os protestos foram atribuídos a ex-escravizados que compunham a Guarda Negra da Redentora, associação criada na Corte (Rio de Janeiro) para a defesa da manutenção da monarquia, naqueles tempos ameaçada pelo avanço da campanha republicana. A autora investiga os vários enfrentamentos causados pela propaganda de Jardim e apresenta-nos a personagens oitocentistas que estiveram no palco dos conflitos, como os músicos pretos, muito provavelmente, antigos cativos da Fazenda do Pântano, na Zona da Mata mineir[...]