Niemeyer faz uma seleta de textos de caráter afetivo, quando um dos temas é a família, ou a arquitetura e as artes que a integram. Fala de livros e sobre os autores que sente prazer em ler. O Brasil e o Rio de Janeiro (em especial a vista para o mar das janelas de seu escritório) que ele sempre sente saudades quando passa muito tempo fora. É um diário pouco datado que oferece para o leitor uma visão de Niemeyer enquanto arquiteto, artista, escritor, criador, cidadão e amigo. Uma síntese autobiográfica. Sensibilidade e nostalgia são os ingredientes desta obra literária na qual Oscar Niemeyer se revela um versátil contador de histórias. Ele escreve como desenha, tudo flui. Narra com afeto a infância vivida na casa dos avós em Laranjeiras, as divertidas aventuras da juventude, além da sua dedicação ao Partido Comunista, que o transformou num militante ativo.