A narrativa se passa em Potiguaçu, cidade interiorana quase isolada do mundo, cuja população anseia por novidades, fontes de trabalho, progresso e mudança de mentalidade. A cidade conserva, porém, a magia e o encantamento típicos dessas regiões. O centro da trama é a família Aguiar Coutinho e a influência do seu patriarcado na cidade. A família é devota de Santo Inácio de Loiola e há séculos confere o nome do santo a seus primogênitos. No primeiro capítulo, depois de longa introdução, estabelece-se relação direta com o final da trama, para que o leitor, só então, depois de percorrer toda a história, encontre essa ligação. A seguir, discorre-se sobre a vida de Santo Inácio de Loiola na Espanha; a devoção que a família tinha por ele, em função de promessa feita por Manolo, seu precursor; a chegada dos jesuítas ao Brasil; a instituição do patriarcado e a conseqüente lei da progenitura e o isolamento do clã Aguiar Coutinho na pequena Potiguaçu. Paralelamente à história principal, há histórias vividas pelos personagens Florêncio, o poeta e eterno apaixonado por Conceição; João-do-Pito, o carreirista bem-sucedido; Jader, o profeta; Chico-Pintado, o rizicultor que tudo faz para conquistar Laila, e também o casal de coruja, que, devido a superstições, recebe os mais variados nomes, inclusive o de Coruja-Católica, que dá título ao livro. Finalmente, o foco principal, que é a história dos primos Inácio de Loiola e Ignácio Loiola, convocados para servirem nos campos de batalha da Segunda Guerra Mundial. Um deles, o Inácio, perece e o Ignácio toma-lhe a identidade, a fim de poder dar continuidade às tradições e à devoção do clã Aguiar Coutinho.