Este livro tem o objetivo de refletir sobre a difícil arte da convivência no seio das famílias. A impossibilidade de uma coexistência harmoniosa, num contexto tão privilegiado como o familiar, em que o respeito, a compreensão e o carinho mútuos deveriam, em princípio, inspirar as pessoas a viver sem receio de errar ou acertar, tem provocado aquilo que se convencionou chamar de conflito de gerações. Pais e filhos parecem seres estranhos. Frases monossilábicas ocupam o lugar dos diálogos. Violência doméstica, drogadição, desencontros cotidianos, ausência de uma educação correta, tudo isso faz com que as novas gerações cresçam sem limites nem afetos. Uma família que conviva em harmonia e ensine o amor: eis o ideal pretendido neste livro. Os problemas cotidianos, evidentemente, não serão resolvidos de forma definitiva; os temperamentos diferentes não se conciliarão de uma só vez; a rotina será sempre um desafio; enfim, os percalços inerentes ao convívio familiar continuarão a existir, mas não terão o poder de destruir a fortaleza de uma família que educa.