De certa maneira, podemos visualizar na formulação de leis e pareceres educacionais uma tentativa de fazer com que ao estudar, conhecer e disseminar as práticas e saberes das minorias étnicas que foram exploradas e oprimidas durante o processo de colonização, haja uma valorização da heterogeneidade cultural brasileira. No entanto, pressupõe-se que ações efetivas e eficazes para superação dessas dificuldades ainda não puderam ser contempladas. Isso porque o sistema escolar ainda dissemina um saber cultural e social de cunho eurocêntrico, que não dialoga com outros saberes culturais. Podemos visualizar essa afirmativa quando nos deparamos com as dificuldades que os indivíduos provenientes de comunidades indígenas têm de acesso, permanência e conclusão nas escolas da sociedade nacional, bem como dificuldades de acesso aos bens materiais produzidos pela mesma.