O sujeito advertido, portanto, se gera em análise. Como acontece isso? No parecer de Lacan: "Só é julgável" - sempre em alusão ao sujeito advertido - "em referência a um ato que se trata de construir como aquele onde, reiterando-se, a castração se instaura como passagem ao ato [...]". Ou seja: ao reiterar-se a castração, o ato se instaura como passagem ao ato, o que, pelo até aqui exposto, não cabe senão qualificar como esclarecido. Mas o que nos permite propor um novo quadrângulo é esta continuação: "[...] do mesmo modo que seu complemento, o trabalho psicanalítico mesmo, se reitera, anulando-se, como sublimação". A reiteração, segundo a operatória própria do grupo de Klein, não ratifica "o mesmo"; efetivamente, o retorno não liquida a operação voltando à "folha em branco", pois gera uma circunstância novadora, refundadora. Da mesma maneira, como dissemos, a castração se afirma ao reiterar-se anulando-se na passagem ao ato. É imprescindível, para compreender qualquer intelecção, tolerar este paradoxo: reafirma-se e anula-se, gerando, instaurando, uma nova circunstância. Por isso, o trabalho analítico reafirma-se, reitera-se e anula-se, na sublimação.