Denso, rico em informes pertinentes dos autores que melhor trataram o tema e bem documentado clinicamente, este livro é ao mesmo tempo um texto fluente e aberto:que vai transmitindo conhecimento articulado deixando porém espaço para a reflexão crítica e pensamento autónomo do leitor – a relação complementar não saturada, matriz da actividade criadora e de inovação. Percorrendo a história e a desenvolução do pensamento, da pesquisa e da prática psicanalíticos – de Freud à contemporaneidade –, a psicanalista vai construindo a sua própria perspectiva e conceptualização – e expressivamente patente na noção de "objecto fontal": a fonte do desejo de ser e viver – com graça, prazer e alegria, apesar de algumas dores. António Coimbra de Matos, do "Prefácio"